quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vontade de dar uma volta com Monotelha pela Lapa e chutar ruas sujas entre os cadarços. Conversar com cachorros cascudos na arte de viver. Ablar sobre como o mundo nao precisa de motor. Beber o vinho de plastico do momento instante e cuspir pombos noturnos carregando versos comestíveis.


Vontade de parar na porta de um desconhecido e perguntar se ja leu poesia do Quintana, e pedir pro Monotelha desenhar os simbolos anarcopunks onde todos podem conversar uns de frente pros outros, todos em igualdade. Vontade de andar ate o MAM no meio da madrugada sem correr perigo, sem subir no funk da Mangueira, mas andar por ai e conversar coisas do nosso mundo de arte. Percorrer bairros e mais bairros, e perguntar pra ele se a anarquia pode comecar a existir num sistema de consciencias pobres.


Eu de aparencia normal. Ele de uniforme escravo urbano. Eu de cabelo normal. Ele de gravata. Eu de camiseta normal. Ele de cabelo rosa. Eu com jeito de doido anormal. Ele todo tatuado.


Vontade de ouvir rock de verdade, e as pessoas parando e sentando no meio fio com a gente, cada um com uma historia de arte, poesia, rock. Alguns recitando, outros cantando Jupiter Maçã, outros fedidos, e todos com alguma coisa pra adicionar.


Aparece ai irmao! Bora jogar conversa fora... e guardar alguns trechos no coracao.