domingo, 8 de fevereiro de 2009

Garganta do diabo

A garganta arranhada do tempo
De ventos na noite do aterro
Nao chove mas sai corisa
Nesse bafo de calor escuro
A garganta ta sim... ta meio arranhada
Ta meio remedio
Isso... remedio, meu corpo de remedio e de esparadrapo
Um louco sem conteudo perdido no hospital
Sem assunto, quase nu, no aterro
Ventos da noite dessa garganta arranhada
Sopros mornos que nunca existiram
Vagas pessoas dormindo andando mexendo
Vagos pensamentos distantes
Sacos plasticos que dancam e se vao
Tudo nessa garganta ferida que nao pode berrar
Nao pode gritar
Mas pode escrever