prego martela
o no da minha cela
o po do meu pulmao
fecha a janela
da vista mais bela
sem sol
escuridao...
e eu preso aqui
dentro do meu boneco de madeira
madeira de moveis antigos
caprichosamente polidos
moles e rachados
moveis do seculo passado
heranca humana caiu sobre mim
roupa de culpa amarraram em mim
preciso me libertar desse veludo
queimar queimar meu medo mudo
preciso queimar minhas culpas
meu corpo de cerejeira
é uma boa madeira
pra aumentar essa grande fogueira