quarta-feira, 27 de julho de 2016
Ele andava. E pensava. No passado. No tempo. No escorrimento dos ponteiros, relógio de olho, buraco de sonho. Ponteiro de pregos, de linguas partidas, ponteiro de cobra domada. Hoje o céu tá lindo, amanha estará tão lindo de tanto estar feio. Ele dançava. Conversava. Enquanto o relógio vesgo, percorria a derme, órgãos e acariciava suas vontades mais profundas. Ah, o mundo, pessoas se vão, liquidificadas por importâncias e banalidades. Ele andava pq era um expectador. Ei, um rato. Já não lhe importava não gostar de ratos. Agora ele gostava dos roedores. Pelúcia da calçada. Amigo rato. O único que o entendia. Achou paz no rato. Fincou sua raiz, quebrou o chão, quebrou cimento, pixe, vazou o esgoto, apagou o poste, pane elétrica, a cidade reclamou mas logo esqueceu. Sol, que horas são?
quinta-feira, 14 de abril de 2016
brisa de raios de sol me percorre em veias
definitivamente eu sou um lagarto
folhas parapente se entortam em queda - para elas o chão é o céu
existem muitas coisas doces - igualmente lábios
os olhos me falam - eu vi os seus lábios com gotas de seiva
borboleta era folha que se encontrou com outra e criou vida, através da cor
para ela o céu é o chão
folhas doces guardadas em pote - boca de barro - mel de astronauta
passarinho não se guarda - ele vive a cor do céu enquanto bate asas
você quer ser a minha casa?
não te quero com paredes
definitivamente eu sou um lagarto
folhas parapente se entortam em queda - para elas o chão é o céu
existem muitas coisas doces - igualmente lábios
os olhos me falam - eu vi os seus lábios com gotas de seiva
borboleta era folha que se encontrou com outra e criou vida, através da cor
para ela o céu é o chão
folhas doces guardadas em pote - boca de barro - mel de astronauta
passarinho não se guarda - ele vive a cor do céu enquanto bate asas
você quer ser a minha casa?
não te quero com paredes
segunda-feira, 11 de abril de 2016
ENTRE AS DUNAS, PERTO DA PRAIA
a manhã, um bom lençol
que te envolve - pele da sua pele
cobra que te cobre e
descobre
assim como os olhos que se abrem
alvoroçando os cílios do sol
nasce o dia - assim eu imagino
dia cor da sua pele, brisa derme
que escama em nuvens poucas
pássaro voz alça vôo, bate as asas
pingos de açúcar orgânico - sorriso
não televisão - sim vamos nadar
mar de palavras - faladas, pensadas
na praia com ondas bocas
mundo útero mãe de todas as poesias
baú dos desejos
te peço apenas esse, por hora
ser o expectador do amanhecer do seu corpo
prometo inalterar a paisagem
e intocar - entre meus dedos
seus cabelos céu de Van Gogh
a manhã, um bom lençol
que te envolve - pele da sua pele
cobra que te cobre e
descobre
assim como os olhos que se abrem
alvoroçando os cílios do sol
nasce o dia - assim eu imagino
dia cor da sua pele, brisa derme
que escama em nuvens poucas
pássaro voz alça vôo, bate as asas
pingos de açúcar orgânico - sorriso
não televisão - sim vamos nadar
mar de palavras - faladas, pensadas
na praia com ondas bocas
mundo útero mãe de todas as poesias
baú dos desejos
te peço apenas esse, por hora
ser o expectador do amanhecer do seu corpo
prometo inalterar a paisagem
e intocar - entre meus dedos
seus cabelos céu de Van Gogh
quarta-feira, 2 de março de 2016
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Que régua meço eu essa coisa que nem gás é?
Não importa, me concentro e seguro firme o invisível que se enlaça na minha mão
Não importa, me concentro e seguro firme o invisível que se enlaça na minha mão
Eu me mudo massinha, troco as cores, escrevo frases numa ilha erma no meio do atlântico
Meu eu quer e não há nesse mundo fato ou coisa que irá me impedir
Vou em busca daquilo que não há de se enxergar
Não é capim nem mesmo montanha
Embora encubra tudo muito mais que qualquer cume
Sou um caçador além do cheiro e da visão
E que não usa armadilhas
E que não usa armadilhas
Eu sigo me mostro e vou pra casa
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
A vida mudou. E continua igual.
Importâncias amadurecem. Envelhecem.
Já eu sempre estou aqui.
Tenho muito sentimento pra espalhar. Preciso me doar mais.
Você pode se abrir. Ou se fechar. Sua escolha. Sua decisão.
Eu já escolhi como viver. Não importa a estrada. Sou um lampião.
Não tenho medo. Em qualquer opção lanço meus passos.
Eles se apagam, disso também já sei.
Somos provisórios em grau de igualdade.
Mas algo me diz que não é bem assim.
Ja escolhi que não importa morrer.
Entendo o principio da viagem.
Você sente? Então pra que achar sentido?
Minhas respostas estão escritas na veia.
E nenhuma delas é uma verdade para você.
Elas me bastam mas também as jogo fora.
Eu me procuro e vou te achar.
Eu busco um sorriso. Encontro a lua.
Eu busco a importância da busca.
Não quero parar.
Assinar:
Postagens (Atom)